
O Boto-do-Araguaia é uma espécie descrita recentemente (2014) e endêmica da Bacia Tocantins-Araguaia. Devido à sua distribuição restrita, população estimada em poucos milhares de indivíduos e alto impacto antrópico em seu habitat, o consenso científico e o status oficial brasileiro o classificam como altamente ameaçado de extinção.
Por ser um cetáceo fluvial com baixa diversidade genética e isolado em uma bacia sob intensa pressão de desenvolvimento, o Boto-do-Araguaia enfrenta ameaças cumulativas que causam rápido declínio populacional.
A construção de grandes hidrelétricas, como a de Tucuruí, e de pequenas barragens isola as populações de botos, impede o fluxo gênico e torna-as vulneráveis a eventos de extinção locais.
Os botos se enroscam e morrem por afogamento em redes de pesca (bycatch). Além disso, há relatos de morte intencional (assassinato) por pescadores que os veem como competidores por recursos pesqueiros.
Como predador de topo, o boto sofre biomagnificação de contaminantes, como mercúrio (de garimpos) e pesticidas (de lavouras), que afetam sua saúde, reprodução e sistema imunológico.
Beba água, da Reserva Goyá, de Bom Jesus de Goiás!

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